Palavras encantadas

A fina arte estampada em cada marca rasgada dessa alma cicatrizada.

A tinta escorre da veia, poesia grita tão viva e o desespero incendeia.

Parafraseando o amor num roteiro decorado de escárnio. Tão fútil falar sobre amor ou dor que a perfeita atuação feita com muito fervor dessa vida mesquinha me trás um pseudo fulgor que digo ser do astral e sigo os pontilhados passos coreografados no cinismo da vida boêmia.

A estética desatinada, perdida e mal falada talvez tenha feito de ti, ó palavras, as mais encantadas.

a Vida sentida, saboreada

Perfeito o perfume frutado,

O gosto, o tato.

A taça de um vinho seco

Ou suave bordô.

Os pequenos prazeres da vida

Viver para escrever mais esta linha desalinhada, desatinada, bagunçada

Digo que vivi quando te conheci.

pois sei que senti

O ar mais leve, levado, levando loucas lições

O sol caído nasceu mais carismático, claro e coberto. Curioso o caso né? Casamenteiro casual causando calorosos contratempos característicos.

O tempo nublado coberto de nuvens não desatinou ou desanimou desastroso deixando donativos de Deus durando dias e dias.

O vento soprou uma brisa suave salvando seus santos sonhos, sem saber o samba saltado sentimental de ser sobre o seu ser. Saiba que sou seu.

Os dias vieram correndo enquanto brados eloquentes anunciavam a chegada triunfal da chuva que lava e leva, penetrando em minha pele a sensação do encanto da vida, a absurda ânsia jamais sentida.

A cor, a dor, o aroma e o sabor da vida com mais amor.

E a alma esfria

E a alma esfria

Assim como uma sopa fria

Que a calda escorre sobre a mesa

Manchando o tecido de algodão que a cobria

Eu assisto a vida enlouquecido

De forma sóbria, é dolorido

Aceitar desinibido

Este sórdido aval destituído

Sinto cada vez mais destruído

Quando olho para o céu descolorido

Percebo que tenho crescido

E a vida não faz mais sentido

Resplandecia o amanhã desatino

Vida bonita e sem destino

Radicalizando a palavra e o sentido

Saber viver bem é como o perigo de quebrar o padrão de uma poesia rimada no último parágrafo da última estrofe e tentar fazer sair ainda assim bonito. 

02/05/2020

Malditas palavras

Eu não consigo sequer colocar para fora uma palavra ou frase mal escrita. 

Eu me engasguei e morri com tanta coisa que eu não consegui engolir ou colocar pra fora. Quase explodi num grito rasgado pedindo por misericórdia, alguém me salva!

Conheço um Deus que ninguém adora e eu termino minhas preces agora. Meu último suspiro se foi e, essa faixa de luz que me trás esperança é a mesma que ofusca e me cega. Fui guiado para o precipício mais alto e agora eu tô isolado aqui, sem poder me jogar ou conseguir sair. Eu já cansei de gritar, desaprendi a falar, eu me engasguei com palavras não ditas. Palavras malditas!

05/02/20

O monstro está dentro de mim

As luzes do meu quarto se apagaram e

Eu tenho tanto medo do escuro

De correr, morder, gritar, morrer

Fazer xixi na cama e tremer até amanhecer

O monstro não ficou em baixo da minha cama, pois

Nesta noite ele dormiu cuidando de mim

E eu já não sinto mais medo ou receio tudo que antes me assustava, hoje faz parte de mim.

Peças de lego espalhadas pelo chão que eu catava, andava, pisava sem ver.

Gritava e de novo chorava de dor.

Eu tenho tanto medo de você, mas não consigo mais sentir ou mentir

Incompleto

Reaprender

Perfeito o perfume frutado,
O gosto, o tato.
A taça de um vinho seco
Ou suave bordô.
Os pequenos prazeres da vida
Viver para escrever mais esta linha desalinhada, desatinada, bagunçada
Digo que vivi quando te conheci.
Sei que ainda não te vi, mas sei que senti.
O ar mais leve, levado, levando loucas lições
O sol caído nasceu mais carismático, claro e coberto. Curioso o caso né? Casamenteiro casual causando calorosos contratempos característicos.
O tempo nublado coberto de nuvens não desatinou ou desanimou desastroso deixando donativos de Deus durando dias e dias.
O vento soprou uma brisa suave salvando seus santos sonhos, sem saber o samba saltado sentimental de ser sobre o seu ser. Saiba que sou seu.
Os dias vieram correndo enquanto brados eloquentes anunciavam a chegada triunfal da chuva que lava e leva, penetrando em minha pele a sensação do encanto da vida, a absurda ânsia jamais sentida.
A cor, a dor, o aroma e o sabor da vida com mais amor.

Há você.

Em pouco tempo, acabei conhecendo coisas novas. A dependência foi gerada com sucesso, minha vida foi de pouco em pouco se desmanchando como papel em água. Minhas pedras de brilhante ofuscavam-se, o céu já não mais era estrelado, as nuvens que cobriam o céu, carregadas de chuva, trazidas por ventos fortes e acompanhadas de seus raios e trovoadas  expressava-me com toda essa abstinência. Eu já não controlava mais o desejo em meu corpo, minha mente perdeu-se em insanidade e a loucura tomou conta de todos os sentidos.
Bebidas não me embriagam, Drogas não me alucinam, há de haver você que me consome por inteiro.
11/12/2016